segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

MORRE O HOMEM, FICA A SUA HISTORIA
A morte, no domingo 1°, do ex-ministro e ex-senador José Eduardo Andrade Vieira, aos 76 anos, por causa de uma parada cardíaca, mantém na penumbra alguns episódios importantes da política e da economia na década de 1990.
José Eduardo, foi homem forte na campanha de Fernando Henrique Cardoso a presidente da republica em 1994, como senador da republica, presidente do PTB e banqueiro, foi um dos principais ou o principal financista e articulador financeiro da campanha. Sua participação foi tão importante que lhe valeu o titulo de super ministro, teve  cumulando o ministério da agricultura e industria e comercio, tudo ia bem até que José Eduardo, resolveu lanchar a campanha: homem do chapéu, que candidatura dele a presidente, isso lhe custou o afastamento do governo e a liquidação do seu Banco, o Bamerindus.   
Em 2000, o titular da Agricultura entre 1995 e 1996 revelou detalhes do caixa de campanha de Fernando Henrique, alimentado com significativo volume de aportes em espécie feitos por empresas e indivíduos para driblar a identificação dos doadores à Justiça Eleitoral.
O ex-presidente acompanhava minuciosamente a arrecadação e cerca de 100 milhões de reais nunca apareceram na contabilidade oficial da campanha, declarou Andrade Vieira ao Ministério Público.
Ele participou ativamente do esquema de arrecadação e isso, provavelmente, aumentou o seu ressentimento em relação a FHC quando o Banco Central, em 1997, liquidou o Bamerindus, uma das maiores instituições financeiras do País, controlado por sua família. Atribuiu a intervenção do BC às preocupações do tucano em relação às suas ambições políticas.
Em 1998, o ex-banqueiro tentou lançar-se candidato à Presidência, nas eleições vencidas por FHC. O Bamerindus, desmembrado pelo BC, foi adquirido parcialmente pelo HSBC.
O negócio, facilitado pela intervenção, foi ruim para a família Andrade Vieira, controladora da instituição, e não pareceu bom para Brasil. Em 2008, o lucro das operações locais do HSBC, devidamente remetido à matriz, foi o quarto maior no mundo, atrás de Hong Kong, China e Reino Unido.
Saudade do meu grande amigo, homem serio e honesto, não conheci outro igual
Por: carta capital e Clovis Silveira

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